Depressão: Sintomas físicos e emocionais

A Depressão é uma experiência humana frequente. Pode ser compreendida como uma doença – o diagnóstico de depressão corresponde a um conjunto de alterações no nosso humor e comportamentos que dura, pelo menos, algumas semanas. Mas a depressão também pode ser compreendida como um contínuo – que vai de nada deprimido/a a muito deprimido/a.

A Depressão NÃO É algo “da nossa cabeça”, um “sinal de fraqueza”, preguiça ou falta de vontade. A Depressão não dura para sempre e pode acontecer a qualquer pessoa, independentemente do seu género, idade, cultura e estatuto socioeconómico. A Organização Mundial da Saúde descreveu-a como sendo o problema de Saúde mais frequente em todo o mundo. A maior parte das pessoas que experienciam Depressão, quando recebem ajuda profissional adequada, recuperam o seu bem-estar (entre 80% a 90%). Quando não recebemos a ajuda profissional adequada, a Depressão pode afetar profunda e negativamente a nossa vida quotidiana, a forma como pensamos, sentimos e nos comportamos, as nossas relações, a nossa família e amigas/os, o nosso sentido de significado e propósito para a vida.

Reconhecer que precisamos de ajuda. Procurar ajuda é o passo mais importante para ultrapassar a depressão. Se se sente deprimido/a há mais de duas semanas é fundamental procurar ajuda. Um Psicólogo ou Psicóloga pode ajudar.

Recorrer a apoio psicológico. A intervenção psicológica é o “tratamento de primeira linha” recomendado pela evidência científica e ajuda a maior parte das pessoas. Em conjunto com um Psicólogo ou Psicóloga podemos desenvolver competências que nos ajudarão a lidar com os nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos, contribuindo para algumas modificações naquilo que pode estar a causar-nos maiores dificuldades e procurando encontrar soluções. Dependendo da avaliação do profissional poderá ser necessária uma modalidade de intervenção psicológica denominada de psicoterapia.

A intervenção psicológica poderá também ser conjugada com tratamento farmacológico. Praticar o Autocuidado e a Resiliência. As ações de autocuidado são centrais e podem ajudar-nos a ser mais resilientes e a lidar melhor com aquilo que conduziu ao estado depressivo. Por exemplo, desenvolver e manter relações significativas, garantir que adoptamos uma alimentação saudável, assegurar que temos um sono reparador, realizar actividade física regularmente, conversar sobre sentimentos e emoções e dedicar tempo a actividades de lazer é essencial para o nosso Bem-Estar e Saúde Psicológica. Reforçar a Relação com Família e Amigos. Mesmo que não nos apeteça, mesmo que nos pareça mais confortável “ficarmos no nosso canto”, ter o apoio das outras e dos outros pode ajudar-nos (muito!) a sentir melhor.

Para muitas pessoas, um dos passos mais importantes é falar com alguém em quem confia sobre o que está a sentir.

Fonte: Ordem dos Psicólogos de Portugal