Mesa redonda “É A TEORIA QUE DECIDE O QUE PODE SER OBSERVADO” Hélio José Guilhardi – ITCR – Campinas – SP
Os procedimentos psicoterapêuticos de um analista aplicado do comportamento não podem ser aleatórios, nem inconsistentes para o profissional. O psicoterapeuta que trabalha com a Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR) deve estar essencialmente comprometido com a mensagem apresentada na seguinte frase atribuída a Einstein: “Se você consegue ou não observar uma coisa depende da teoria que você usa. É a teoria que decide o que pode ser observado.” O psicoterapeuta que atua na TCR tem dois compromissos inalienáveis:
1. Guiar-se pelo arcabouço teórico, experimental e prático da Análise do Comportamento (AC). Tudo que o psicoterapeuta diz ou faz na sessão deve ser consistente com a AC. Os procedimentos que usa devem replicar, basear-se em ou expandir procedimentos desenvolvidos e avaliados na Análise Experimental e na Análise Aplicada do Comportamento. O psicoterapeuta não se comporta de maneira “engessada” na interação com seu cliente; ele pode mostrar variabilidade comportamental e criatividade desde que esteja apto a justificar seus comportamentos como exemplos de generalização ou de relações de equivalência em relação aos conceitos e procedimentos de referência;
2. Adotar a concepção de Ser Humano desenvolvida por Skinner e apresentada na filosofia da Ciência do Comportamento denominada Behaviorismo Radical (BR). Os principais conceitos que sustentam o BR são:
a. tudo que interessa à AC é comportamento, entendido como interação entre o organismo e o ambiente;
b. o BR estuda os comportamentos encobertos a partir de práticas da comunidade verbal em que a pessoa tem se desenvolvido;
c. os determinantes do comportamento são empíricos – como tal, a Análise do Comportamento faz parte das Ciências Naturais – e tem uma visão monista do Ser Humano, rejeitando qualquer forma de animismo ou dualismo.
Gravado ao vivo Sexta-feira, 17/05/2019, das 10h00 às 12h00 Agradecimento: ITCR – Campinas www.itcrcampinas.com/