Pensamentos automáticos são situações específicas, podendo ser ativados por eventos externos (por exemplo, estar esperando um telefonema) ou eventos internos (por exemplo, lembrar-se de algo). PA são as cognições mais fáceis de acessar e modificar, porém podem não ocorrer em forma de pensamento, mas em forma de imagens. Quando o paciente encontra dificuldades de identificar seus PA, a forma de evocá-los é por aquilo que pode estar imaginando (isto é, pensando em imagens); por exemplo, um indivíduo, ao ser convidado para dar uma palestra, tem a imagem de estar encolhido num canto, com o rosto vermelho, enquanto toda a platéia está rindo de alguma bobagem que ele imagina ter falado na palestra.
Em relação à validade e utilidade dos pensamentos automáticos, eles podem ser de três tipos (J. Beck, 1995):
1. Distorcidos, ocorrendo apesar das evidências em contrário. Ex.: “Se me separar, nunca mais serei feliz.”
2. Acurados, mas com a conclusão distorcida. Ex.: “Meu filho não me telefonou até agora, deve estar incomodado comigo.”
3. Acurados, mas totalmente disfuncionais.
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