Há tantas coisas que poderíamos falar sobre a violência. Temos a violência que vemos nos jornais que torcemos e fazemos de tudo para nos mantermos longe de nossas vidas, mas há também o tipo de violência que permeia sorrateiramente a sociedade de maneira que mal a percebemos em sua camuflagem, à esta denominamos violência institucionalizada. Há também a violência na escola que atende pelo nome de Bullyung e, esta especificamente, se configura de diversas maneiras: à saber: virtualmente, socialmente e verbalmente. Poderia aqui citar as diversas violências e as explanar mas não seria esta a objetividade deste texto.
Poderíamos aqui então iniciar a grande e velha questão sobre a natureza humana. Afinal, somos intrinsecamente bons ou naturalmente maus? Mas também não haveria espaços suficientes para esta discussão que tanto já ocupou as linhas das diversas ciências humanas e debates filosóficos à respeito de como chegamos a ser a única espécie sobre a Terra que possui recursos suficientes para a destruir. Sendo assim, poderíamos traçar os diversos tipos e apresentações da violência contemporânea e as formas de lidar com ela mas, sinceramente, estas linhas seriam poucas uma vez que a grande questão, esta sim é que vale ser lembrada, é como vamos lidar com a violência que nos atinge todos os dias. Seja no trabalho “matando um leão por dia” ou seja no dia a dia “batalhando o pão de cada dia”.
As palavras do velho “Chê” pairam sobre a minha mente ao escrever esta matéria: “Há de endurecer sem perder a ternura”. Talvez este sim seja o grande desafio de nossa geração: aplicar o princípio da menor força necessária buscando ainda agir pelo bem comum. Em outras palavras: como sermos pacíficos sem sermos passivos? Em tempos de polarizações, talvez esta possa ser uma nova proposta para não cairmos no clichê de devolver a violência com mais violência, esta atitude sim nos coloca páreo à páreo com qualquer outro animal irracional. Sim. Lutamos [tanto] pelo direito de dizer e pelo direito das pessoas dizerem e [esquecemos que] a cada direito de falar estava embutido deveres em ouvir. Não ouvir é violentar este direito conquistado.
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